Solicitação de Dados Básicos
Estamos fazendo uma solicitação simples às plataformas de redes sociais para o conteúdo mais visualizado — especificamente, as 1.000 postagens mais visualizadas, por plataforma, por estado membro da UE.
— AlgorithmWatch, DSA 40 Data Access Collaboratory, Institute for Strategic Dialogue, AI Forensics, Mozilla Foundation, Social Computing Group (University of Zurich), Fundación Maldita.es e outras organizações da sociedade civil e de pesquisa, dentro e fora da UE
Atualização – novembro de 2025: até agora, as plataformas recusaram nosso pedido, mas não vamos desistir. Na verdade, estamos apenas começando.
É por isso que lançamos uma petição pública — para garantir que esse apelo à responsabilidade não venha apenas de pesquisadores, mas de milhares de pessoas em todo o mundo. Inclua seu nome agora mesmo.
Acreditamos que a sociedade tem direito a dados básicos de plataformas de redes sociais, começando com o conteúdo mais visualizado.
Todos os dias, os cidadãos da UE consomem um vasto fluxo de conteúdo nas maiores plataformas, moldando o que pensam e fazem.
O conteúdo mais visualizado nesse fluxo é, por natureza, extremamente público. E, como era de se esperar, ele representa uma grande parcela da atividade nas plataformas — um estudo com uma amostra aleatória do YouTube constatou que 94% das visualizações provinham de apenas 4% dos vídeos. Mas — de forma absurda — não sabemos quais são esses conteúdos mais vistos, porque as plataformas de redes sociais não divulgam essas listas.
Ao contrário da TV, não há um Guia de Rede para nos dar uma ideia do que está sendo transmitido.
Isso significa que estamos perdendo uma ferramenta crítica para entender como essas plataformas estão influenciando a sociedade e monitorar o conteúdo prejudicial em tempo hábil. Por exemplo, não podemos pegar rapidamente uma campanha hostil para influenciar uma eleição, ou uma tendência viral que está prejudicando as crianças — ou qualquer outra coisa que possa causar riscos sistêmicos na UE.
A falta de dados básicos sobre esse conteúdo também dificulta a avaliação dos sistemas de recomendação das plataformas, pois, para entendê-los melhor, precisamos conhecer o conteúdo que elas mais estão impulsionando.
Para enfrentar essa perigosa falta de transparência, estamos solicitando às maiores plataformas de redes sociais que disponibilizem seus conteúdos mais visualizados — especificamente, as 1.000 postagens mais vistas, por plataforma e por Estado-membro da UE, durante um período inicial de seis meses.
Estamos fazendo essa solicitação com base na Lei dos Serviços Digitais da UE, que, em seu Artigo 40, Parágrafo 12, determina que as plataformas concedam acesso a dados públicos "sem demora injustificada".
Para reduzir a carga sobre as plataformas, estamos fazendo essa solicitação de forma direta, conjunta e padronizada, em vez de cada um de nós utilizar os diversos — e às vezes difíceis de encontrar — mecanismos de solicitação de dados que as plataformas criaram após a entrada em vigor da Lei dos Serviços Digitais da UE.
Atualização – novembro de 2025: Até agora, as plataformas recusaram nosso pedido, mas não vamos desistir. Na verdade, estamos apenas começando.
É por isso que lançamos uma petição pública — para garantir que esse apelo à responsabilidade não venha apenas de pesquisadores, mas de milhares de pessoas em todo o mundo. Inclua seu nome agora mesmo.
Perguntas Frequentes
De quais plataformas vocês estão solicitando os dados e por quê?
X, LinkedIn, Facebook, Instagram, YouTube e TikTok. Identificámos estes como "principais fornecedores de informação" na UE.
Como vocês chegaram a essa solicitação específica?
Por meio de um workshop e várias sessões de acompanhamento com organizações da sociedade civil e de pesquisa da UE.